Don’t sell me short!
Expressão recorrente no hablar anglófono, não se pode dizer que se trata de um uso bastante acurado, vez que não transparece no uso o real conhecimento da origem da mesma. O uso da expressão remonta não apenas à França napoleônica, mas ao próprio Napoleão. É sabido que, devido a sua pequena estatura, Napoleão vivia às turras com os alfaiates do império, todos ingleses. Em busca da calça perfeita que não apenas o protegesse de perder a guerra como chegou a perder, mas que também combinasse em gênero, número e grau (este é um post linguístico!) com seu tão alardeado cavalo branco, o liliputiano francês bradava frequentemente com seus insulares subalternos que ele não estava satisfeito com um short e que queria sim uma calça de respeito. Don’t sell me short! era uma espécie de grito do Sena do imperador. Claro que aqui entra a verdadeira curiosidade da origem desta exortação. O corso-imperador, francófono que era, tinha enorme dificuldade em pronunciar em completo todos os fonemas presentes em shorts, transformando-o assim em short, baixinho, do inglês, adaptando assim a fala à sua própria condição de pintor de rodapé. Assim como a comida enlatada, a expressão foi levada a toda extensão do império napoleônico, alcançando em pouquíssimo tempo status de expressão global, com direito a passaporte livre e carinhas felizes na caderneta escolar. O último grande citador desta pérola napoleônica foi o também baixinho Romário, que, num drible linguístico tão ou mais impressionante que seu aclamado elástico, atualizou a consagrada expressão para Sell me short, fish! Acenando aqui para as características mais tropicais de sua terra natal, Jacarezinho. Simplesmente divino!
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