1- Roma 0 X 1 União Barbarense – Final da Champions League de 476 d.C.
Resultado histórico que sedimentou definitivamente a fama de Ronaldinho Gaúcho em gramados europeus. O time da Roma demonstrava sua habitual empáfia e menosprezo pelos adversários, promovendo orgias bacanais e surubas na casa de seu goleiro Brunus. A imprensa alardeava a má forma física do time interiorano. “É um time de godos” era o que se lia. Mas não contavam com o gênio – mesmo fora de forma – de Ronaldinho Gaúcho que, faltando um tantinho assim pra acabar a areia da ampulheta – recebe a bexiga de carneiro (ou a cabeça do último imperador romano), domina na coxa, passa por dois defensores da guarda pretoriana e fuzila lá no gogó da ema. Fim de jogo, a torcida da União Barbarense invade Roma em festa sem fim, vandalizando a porra toda.
2- Trailer do Pipica 2 X 0 Pavunense de Inhaúma – Final da Liga de Pelada pré Carnaval do Aterro do Flamengo de 1985.
No explendor da forma física, Ronaldinho Gaúcho deixa o mundo boquiaberto ao marcar os dois gols da partida, o segundo um espetáculo. Ronaldinho, atuando pelo Trailer do Pipica, onde é habitué e grande consumidor do especial da casa – o caldinho do Pipica – recebe a redonda na intermediária de seu campo de defesa, diretamente do goleiro Pasqual Dois-em-Um (apelido ainda não explicado pelo vesgo guarda-redes), desce pela lateral, dribla o volante, dribla o lateral, dribla o zagueiro, dribla o goleiro, e alucinado pela seqüência de dribles desconcertantes, segue adiante, dribla um guarda de trânsito na Praia do Flamengo, corta para a rua do Catete onde dribla de maneira humilhante uma passeata da UNE exigindo eleições diretas para a presidência do Palmeiras. Segue driblando para a Glória, faz a quebra-de-asa e cai pela rua da Lapa, onde se livra da marcação cerrada de Kathlin Mary, travesti que fazia hora-extra com alguns desertores da manifestação da UNE. Sobe a Mem de Sá, dribla quatro mendigos bêbados com um único drible-da-vaca, irrompe pela Frei Caneca onde invade uma pelada na estação do Estácio, dribla o juiz, os dois times, a torcida e alguns estudantes que não conseguiram chegar a tempo da passeata da UNE porque não sabem andar de metrô, e fuzila lá no gogó da ema. Golaço!
3- Santos 5 X 2 Benfica – Final do Mundial de Interclubes de 1962
Era a primeira vez que um clube brasileiro disputava uma final do campeonato mundial de clubes, mas o Santos era uma máquina de jogar futebol, que contava com talentos como Pepe, Melgálvio e um rapazinho que assombrara o mundo anos antes com um talento sobrenatural: Ronaldinho Gaúcho.
A imprensa européia não conhecia o time do Santos, mas fazia alguma idéia do talento magistral do R10. Mas nada preparara os presentes para o que estava por vir. Em sua primeira oportunidade com a pelota dominada na meia-cancha, Ronaldinho Gaúcho faz o breque, vira-se para sua própria meta – assustando a todo o time do Santos que achara que o gaúcho enlouquecera, prepara um petardo descomunal, que isola a gorduchinha do Estádio da Luz. O que não se sabia, na época, é que o chute fora meticulosamente calculado com impressionante força e precisão. A bola subira tão alto que encontrara assim a própria curvatura do planeta Terra, entrando em órbita numa velocidade furiosa, e, após dar uma volta em torno do dito planeta, chocou-se violentamente contra um satélite espião russo, retornando ao chão e indo encontrar justamente o cocuruto do centro-avante da equipe da baixada – um tal Pelé – que no reflexo, achando ser um meteorito ou uma barata voadora, desengonçadamente desvia a bola, mandando-a lá no gogó da ema. Gol de Pelé, mas o juiz, assombrado, assinalou Ronaldinho Gaúcho em letras trêmulas na súmula, como autor do tento.
(continua!)
Nenhum comentário:
Postar um comentário